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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

11.12.19

Consideraram através da escrita


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Os braços do sol tocam nas minhas costas, mas o sopro do vento é demasiado frio para suavizar a permanência da biblioteca ambulante na aldeia dos Casais de Revelhos, nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. Além do sol também as histórias acompanham o viajante das viagens e andanças, em mais um dia a espalhar as letras, as palavras, e as frases reunidas que promovem as histórias que outros consideraram através da escrita. Terminando, impressas no papel, umas mais apertadas que outras, grandes e pequenas, há as que ensinam a ler, as que educam, as que informam. No seguimento vêm as que dão prazer, que despertam emoções, condições para sermos livres. Na aldeia das Mouriscas, nem com o sol a fugir no horizonte, os melros deixam de cantar perto da biblioteca ambulante, só falta o sapo para recontar outra história do Sapo e o canto do melro. O chá ainda fumega, acabado de sair do termo, os meus pés iniciam um período de agonia, com a temperatura a descer vertiginosamente, depois vem o resto da estrutura. Assim uma bebida quente combate o frio, enquanto a biblioteca ambulante não aquece com a presença dos leitores.