Dar asas
A chuva recebe a biblioteca ambulante nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, o José no interior da mercearia espreita ansioso pelas histórias. Com o saco na mão aproxima-se, entra para devolver os livros. Veio da horta, andou a semear um bocado de milho, terminou mais cedo em virtude de ter de vir à biblioteca. A precipitação na aldeia do Monte Galego, forma uma cortina que não permite alcançar com a vista o horizonte. O José leva histórias que lhe dão possibilidades de chegar mais longe, sem limites ou fronteiras, dão-lhe asas para atingir sonhos.