Deseja ser uma estrela ...
A chuva deixou de ser um problema, a tarde trouxe o sol, embora cercado, engolido esporádicamente por nuvens ávidas de esconder a luz brilhante que aquece os ossos fracos, fardos de uma vida de trabalho. Não se cansam de ver o tempo a passar, sentados, de pé, apoiados nas paredes com história, segredos de gerações, habitando nas ruas que afluem no largo. A biblioteca ambulante vai e vem como as nuvens, não quer mascarar a iliteracia, regressa sempre para revelar histórias com intenção de abrir breschas. Deseja ser uma estrela ao redor da qual giram pessoas, leitores, aquecendo-se no calor das palavras, de um universo observável pela leitura de ideias ou pensamentos, sensações pressionadas nas folhas do papel.