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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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A aldeia do Tubaral continua na mesma, pouca gente, saem de casa apenas ao chamamento da buzina da carrinha do padeiro. No largo somente os raios do sol expandem alegria. A laranjeira onde a biblioteca ambulante se demora sob a sua larga copa, está cheia de pequenas laranjas verdes. O processo de amadurecimento não é espontâneo, tal e qual os leitores estarem prontos para uma leitura frequente. Não chega as histórias serem nutrientes necessários para a manutenção das funções vitais nas aldeias, as pessoas. É importante a mão do homem para cortar os ramos que impedem a entrada de ar menos denso. Para a árvore poder dar acessibilidades aos futuros rebentos, trazer flores novas, gerar frutos saudáveis. Ser importante, trazer regozijo ao restante pomar. Aumentar a densidade, as possibilidades económicas, a pulverização há solidão, a plantação de esperança. Assim as histórias terão regularmente leitores, letras, semeadas ao vento pelas aldeias da minha terra. A formarem palavras, árvores a erguerem-se, a criarem raízes na terra onde nasceram, pessoas a colherem frutos. Aprenderem a viverem nas aldeias, a lerem na biblioteca ambulante.