É importante que...
A chuva tarda em efectuar um intervalo para que os leitores possam sair das suas casas para optarem das várias histórias na biblioteca ambulante. O som permanente da água a despedaçar-se no tejadilho é ensurdecedor neste dia mundial da Terra, um pacto como tentamos fazer com o planeta seria bom neste momento com a chuva. É importante que os leitores, as pessoas da aldeia venham à biblioteca ambulante, a troca de informação oral, a leitura dos jornais e revistas, notícias novas, esclarecimentos que só os lendo se percebe e conhece os acontecimentos. A chuva é que não está de acordo, zangada, continua a bater sem se cansar. Os leitores não querem arriscar, saio de passo apressado na direcção do café. A Beatriz admirada com a minha entrada de rompante no seu estabelecimento, diz que não terminou de ler as histórias que possui. Menciono que não há problema, saio, com passo acelerado, aguardo um pouco, não surja outro leitor, arriscando o seu bem estar na sua casa. Como não acontece nada de novo a não ser a chuva persistente, rodo a chave da ignição, acelero em direcção a um destino impreciso.