É no largo onde tudo começa e acaba
Há vida no largo da aldeia da Amoreira, lugar indispensável nesta comunidade, um coração onde artérias são ruas que trazem não só os locais, mas também forasteiros. De baixo para cima, de cima para baixo, vêm à padaria, ao mini-mercado, ao café, ao posto de correio, são poucos, continuam a vir. É no largo que as histórias de viva voz se encontram e dispersam, é no largo que a biblioteca ambulante, nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra se demora. É no largo que as histórias são dadas e devolvidas. É no largo que se iníciam os sonhos, as viagens, onde o imprevisto acontece, é no largo onde tudo começa e acaba.