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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Encontros e desencontros

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As histórias estão fora de si, nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, a biblioteca ambulante volta a circular, esta manhã a caminho da aldeia da Atalaia, a exaltação lá atrás não tem explicação. Após dois dias inactivas nas prateleiras, encerradas na escuridão do dia e da noite, as histórias saltam de felicidade por retomarem as suas viagens. Desde as velhinhas "Ternos guerreiros" da escritora Agustina Bessa-Luís, ou "As Terras do Demo" de Aquilino Ribeiro, as recentes " Arquipélago " de Joel Neto, e "Livro" de José Luís Peixoto, terminando nos gaiatos " O que vês dessa janela " da Isabel Minhós Martins, ilustrada por Madalena Matoso e "Sementes à solta" da Fernanda Botellho, com ilustração de Sara Simões. Não passam de exemplos, pois todas as outras, mesmo  as de outros dialetos estão eufóricas. Nas curvas da estrada que as trouxe de volta á aldeia, até o viajante das viagens e andanças tem uma atitude expectante. O sol aquece o largo, dos encontros e desencontros, com o padeiro, da passagem dos automóveis, das novidades, dos rumores. As histórias no largo abraçam todos os que se acercam da biblioteca ambulante, matam saudades.