Este corpo sem ter luz ...
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Na biblioteca ambulante a possibilidade de seleccionar entre entre duas ou mais histórias, leva os leitores a viajarem a sítios que não são conhecidos deles. Nestes momentos, separados do que os rodeia, a biblioteca ambulante transforma-se num mundo cheio de acessibilidades. De lugares onde todos têm possibilidades de chegarem. Este corpo sem ter luz própria, com uma gravidade satisfatória, com forma rectangular, movendo-se numa órbita em redor das aldeias da minha terra. Onde os leitores, as pessoas das aldeias, quem quiser, exploram este universo imaginário, completo de personagens, de vigências verdadeiras. Aqui, os caminhos conduzem-nos a determinados lugares, à presença de alguém, a nós próprios. Escolher qual deles seguir é laborioso, por isso a opção dura bastante tempo para os ledores. Depois de seleccionado o destino, avançam ao encontro, ao inesperado. As palavras seguidas, atrás umas das outras, orientam-os aos destinos, envolvidos nestes lugares de papel, de aprendizagem, não têm tempo a perder. Chegar ao fim, voltarem a procurar outra aventura começa a ser habitual. Vou ali, já venho, não custa nada, é só uma viagem.