Explorarem léguas de páginas ...
A neblina dissipou-se, abrindo o caminho aos raios solares para entrarem no território das aldeias da minha terra, através das portas da biblioteca ambulante às histórias. Esclarecendo os transeuntes, os leitores sobre o espaço que têm ao dispor, da possibilidade de encontrarem caminhos novos. Explorarem léguas de páginas, conhecendo os alicerces da imaginação, montes e vales de palavras proferidas por personagens desejosos de serem encontrados pelos leitores. Perceberem a importância das viagens, serem membros de uma tripulação, argonautas percorrendo grandes distâncias na demanda de histórias novas. À semelhança do esforço do viajante das viagens para encontrar novos leitores, um lugar onde todos lêem sem limites. Um local mágico cheio de histórias, onde, para sobreviverem, as pessoas desse sítio lêem todos os dias. Atingem a sabedoria para serem educados, iguais, com apreço uns pelos outros nas comunidades. Lugares assim, são difíceis de descobrir, não há modelos sociais perfeitos, há consciência que podiam ser melhores, há resiliência para continuar a caminhar na leitura da história até ao fim. Evitando os pântanos, ir pelos atalhos, caminhando nos terrenos seguros, sob a protecção das sombras, a espreitarem mais cedo nestes dias de pouca duração. Já se caminhou na Lua, concebeu-se um personagem perdido em Marte, porque não, um sítio onde a leitura é algo que todos absorvam para viver. São clarões inesperados na mente de alguns que proporcionam as histórias que lemos, aquilo que poderá acontecer nos dias vindouros.