#Fique em casa
O sopro do vento, interrompe o silêncio que tomou conta de tudo o que nos rodeia nos últimos dias. Noutro dia de viagens e andanças pelos limites da minha casa, estou na sala, numa viagem curta, acabei de sair da cozinha após lavar a louça do almoço, sem antes ter ido transportar a minha cara metade ao seu local de trabalho. Tantas vezes que viajo pelos espaços cá de casa, subo e desço as escadas, entro e saio, agora sentado, com o meu teletrabalho, num intervalo de reflexão, com os olhos postos no tecto, verifico algo a movimentar-se. Mais atento, dou de caras com um pequeno aranhiço todo consolado na sua teia, obra de arte sem igual na natureza, e pelos vistos na minha casa. Ali está ele no seu lar, ao mesmo tempo uma armadilha mortal para qualquer insecto seduzido por aquele lugar. O vento irado, sacode com violência as flores e árvores no quintal, tenho receio que danifique alguma, mais logo noutra viagem irei indagar se ocorreu algum dano. A manhã surgiu soalheira, agora as nuvens ocupam todo o espaço aéreo, impedindo-me de ver o céu a zul das janelas da sala. No tecto o aranhiço indiferente, protegido na sua teia, aguarda pacientemente que a curiosidade de um qualquer insecto, o estímule a aproximar-se e vir a ser a sua refeição, dando força ao lema que vigora #FIQUE EM CASA.