Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

IMG_20240827_104127.jpg

No verão, nas viagens e andanças, o ar artificial libertado pelas tubagens oriundas do ventre da biblioteca ambulante, e o bibliotecário, demonstram grande amizade amizade. Um abraço desprende-se das entranhas, envolvendo-o numa frescura sem igual nestes dias de calor excessivo nas aldeias da minha terra. Não é um aperto constante, somente no tempo em que as histórias se deslocam de uma aldeia para outra. Depois, a separação e a saudade imediata, a vontade de se misturarem um no outro. Não há melhor no verão do que este abraço frio, cheio de um entusiasmo agradável. Tem sido o melhor amigo nas tardes de viagens e andanças, os leitores nas suas casas devem ter amigos iguais, não vêm à biblioteca ambulante. Não querem separar-se do amigo comum, um companheiro invisível alastrando o seu abraço até ao âmago dos que têm sorte de o sentir. Há outros abraços que não se vêm, sentem-se, nos olhares resignados, nos rostos enrugados, no que acontece ainda na mente de cada um deles. A gratidão demonstrada silenciosamente, conquistando o interior que não se vê do bibliotecário.