Histórias feitas à mão ...
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A manta de histórias progride nas mãos das mulheres das aldeias, enredadoras das histórias, nas suas terras. Tecedeiras do tempo entre o nascimento e a morte, dos acontecimentos, desde o principio, conservados na oralidade, aos dias de hoje, na resiliência, na maneira de viver, nas aldeias. Pedaços de memórias, sobras de tecidos, linhas transformadas em palavras, ajustadas, e unidas por meio de pontos dados com agulha. Histórias que acomodamos, na intermitência de todos os dias, acumulando saberes, foram em tempos idos cosidas por mãos hábeis. Histórias feitas à mão, na escrita, com a linha, sem a linha, na pedra, na pele, no papiro, na folha. Histórias, conquistando o pano, as pessoas, os leitores, fixando padrões, identidades, das aldeias. A mesma linha que a biblioteca ambulante deixa nas suas viagens e andanças pelas aldeias da minha terra. Um traço, tracejado, de palavras entre o conhecido e o desconhecido.