Histórias que irão desenrolar...
As palavras dissimuladas pela máscara chegam empurradas pela corrente de ar, esquecida do que a rodeava, ali estava. Um som confuso encheu a biblioteca ambulante, lá fora, o ruído dos motores dos automóveis não se esgota, para cima, para baixo. A praia fluvial ao fundo da ladeira, sem dúvida está à pinha, há muito que não via nada assim. No interior das viaturas sobrelotadas, gente em tronco nu, estafados do sol, das brincadeiras na água doce, cheios de satisfação. Olham de rompante a biblioteca ambulante, na parte de dentro, a mulher e o viajante das viagens e andanças, continuam firmes, ela atenta ao que está a ler, sempre no mesmo estado, ele, capturando esboços aos quais poderia dar forma ao texto a publicar. A tarde na biblioteca ambulante está a chegar ao fim, a mulher saiu da viagem literária com linhas ainda por percorrer, termina na próxima vez. Não se despediu de mãos a abanar, na mochila leva histórias que irão desenrolar os dias que estão por chegar.