Imaginação para escrevermos na face da ...
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O sol na ficção literária pode ser uma nave não tripulada, imóvel, a disparar traços de luz contínuos. Fulminando o planeta, aquecendo a água dos oceanos, colocando a atmosfera em movimento. Um pintor criando a melancolia o renascimento, o desejo, a introspecção. Na Aldeia do Mato, povoação de braço dado, com o rio Zêzere, a biblioteca ambulante, arremessa palavras, acertando nas pessoas, quando, caminham próximo do auge, das histórias. A sombra, lentamente conquista o espaço exterior do pequeno depósito, onde carregadores municiados, de palavras esperando serem soltas subitamente. Felizardo é aquele que recebe o tiro fatal, um ferimento aberto para toda a vida. As casas da aldeia, pintadas de branco, sem misturas, cativam o olhar, a imaginação para escrevermos na face da aldeia. A biblioteca ambulante, não é o sol, é a utopia que todos devem experimentar, mesmo privados de uma sociedade ideal.