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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Inflamando esta mistura nos leitores ...

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Abrir a porta da biblioteca ambulante hoje de manhã foi difícil, duas ou mais tentativas para desobstruir o acesso ao local das histórias foram eficazes a quebrar o gelo. Retraídas e muito juntas umas das outras nas estantes a protegerem-se do frio, só de olhar as histórias dava dó. O pequeno espaço gelado necessita rapidamente de calor, de gente a ocupa-lo, a afastar as histórias, a retira-las dos lugares que ocupam, abrir páginas, folhear, darem ânimo às letras para empurrem as palavras, dando seguimento a frases, inflamando esta mistura nos leitores, motores das viagens e andanças com letras. As nuvens, passageiras do vento voltaram a sobrevoar baixinho o céu, espalhando figuras criadas pelo imaginário de cada um. São voláteis, contam histórias a quem as souber ler, previnem o tempo meteorológico, informam os lugares que atravessam. A caixa de multibanco encravada na parede da barbearia é mais solicitada que os leitores a procurarem histórias na biblioteca ambulante. À beira da estrada que nunca dorme, os automóveis estacionam de qualquer maneira, rapidamente alguém abre a porta, vai ao terminal realizar levantamentos, regressa ao lugar, com a porta por fechar  com o carro em andamento. A 20 de Janeiro temos uma hora por inteiro, ditado popular na oralidade das aldeias, tempo importante para as árvores escolherem os trajes da próxima primavera, da biblioteca  ambulante atrair leitores.

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