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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Iniciam a leitura...

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Gente da minha terra, pela primeira vez contactam as histórias na  biblioteca ambulante, tantas foram as oportunidades, as viagens, partidas e regressos nas suas aldeias. A consequência à acção de não desistir está a dar rebentos, iniciam a leitura na biblioteca ambulante, surpreendidas com a oferta que esta proporciona (culinária, croché, rendas, a Cristina da televisão) a todas as pessoas.  Só de as observarem ficam de olhos esbugalhados, diálogos incompreensíveis, falam todas ao mesmo tempo, tentam encontrar histórias que possuam letras maiores, a vista cansada, pequenas anomalias da idade avançada, obstruem a visibilidade. O viajante das viagens e andanças não consegue estar quieto, de um lado para o outro, em cima, em baixo, nas estantes perseguindo histórias que as possam satisfazer. Mãos de trabalho que de um momento para o outro não imaginariam segurar histórias, umas atrás das outras, sem saberem qual ou quais levar para casa. Uma manhã cheia de ouvir as histórias que todas tinham para desprender das memórias, a biblioteca ambulante é isto que recebe, adicionando a amizade que fica para sempre.