Insistência nos itinerários
Por instantes o vidro da biblioteca ambulante ficou cheio de gotícolas de água, a manhã possível nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, na aldeia de Coalhos. Nada acontece, os livros aprumados nas prateleiras, advinham que irão ficar abatidos, as mãos que accionam o seu manuseamento andam ocupadas com as enxadas. Estas empurradas pelas mãos, forçam a terra rasgando-a, andam uma manhã nisto, não têm tempo para mais. Noutro dia voltarão na esperança que irão para os lares dos aldeões, já os regos que a ferramenta de lâmina afiada perfilou estão concluídos, as plantas evoluidas, quase a tornarem-se em legumes bem formados. O ócio tem mais tempo de intervalo, a literatura com as suas histórias consegue intrometer-se, motivando a curiosidade, o desejo de aprender mais um pouco. Com a insistência nos itinerários recupera-se datas em que alguma coisa acontece.