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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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O dealbar do primeiro dia da semana nas viagens e andanças trouxe temperaturas amenas à charneca, e às aldeias da minha terra. Voltei a ver as pessoas nas ruas destas pequenas povoações, a caminharem pelo campo, exercitando o corpo cada vez mais preguiçoso à medida da passagem dos anos. Continuam a insistirem em dar pancadas fortes na tranquilidade de uma oliveira, símbolo de sabedoria, de paz, de glória e abundância na Antiguidade. Já estou a ver as folhas serem sacudidas na biblioteca ambulante por paus compridos, exprimindo a vontade de quem os segura com as mãos, tentando desprenderem as palavras ligadas nas tábuas, último recurso para superarem o absentismo da informação na aldeia. Atingindo o caminho para a glória e a grandeza nas páginas do conhecimento, a extraírem o óleo temperador da solidão.