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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Lambem os dedos ...

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O primeiro olhar pelo jornal é igual ao que fazemos perante uma vitrine repleta de bolos. Perdemo-nos na variedade de palavras, as massas, as texturas, os recheios, um conjunto de cores e sabores para lermos em casa, no sofá, seguir as frases umas a seguir às outras. Ler é importante, estar informado ainda mais. A assiduidade da biblioteca ambulante nas aldeias, promove, sem os leitores notarem, hábitos de leitura. Os gestos, a paixão de olharem para as palavras, viajarem pelas histórias adentro, ocorre naturalmente nas pessoas frequentadoras da biblioteca ambulante. Lambem os dedos, não vá ficar alguma letra esquecida por lerem, ou migalhas importantes no auxílio da leitura. As histórias para eles são fornadas de palavras quentes que consomem sempre com prazer. No largo do coreto em Alvega, um homem varre as folhas sopradas pelo vento. Não tenho palavras para encher o largo vazio, sumiram-se as folhas, as pessoas e os leitores, não há elementos para construir a história, a massa sem as substâncias suculentas, não tem sabor, é uma folha em branco. As nuvens regressaram, o céu está com má cara, não tardará desprende-se numa choradeira.

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