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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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Metida no vale a planície verde expressa liberdade, limpa a angústia da incapacidade de fugir a um mundo cada vez mais desventuroso. Ao virar da curva a estrada desemboca num espaço sem fim, luminoso, o tecido que o cobre é recente, a cooperação entre a terra e as primeiras orvalhadas teceram uma obra prima. A vontade é ficar aqui para sempre dentro desta ilusão, no país das maravilhas, correr com os coelhos e as lebres, mandriar ao sol com as lagartas, permanecer em segredo com os ratos, beber da água da ribeira, colher os marmelos esgueirados  sem pudor na estrada. Largo o personagem, na aldeia aproxima-se a Leonor amparando as histórias nos braços, igual a quem prende uma criança de tenra idade. Ao contrário da Rainha de Copas é de uma simplicidade inigualável, a sua maneira moderada é evidenciada pelas  histórias que leva e traz.

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