Não consigo...
Enclausurado no nevoeiro, foi assim que o viajante das viagens e andanças percorreu na biblioteca ambulante o espaço da manhã. A estrada escondida, obrigou a mil cuidados a dirigir as histórias aos leitores. De tarde na aldeia de Martinchel, não aguento a teimosia do sol, sem a sombra da tília que por enquanto continua despida, as histórias muito unidas nas estantes querem livrar-se do apoio de umas das outras. Para isso só têm que aparecer leitores, o que é difícil de alcançar nesta aldeia, não é por irregularidade no acesso, a ponte para as histórias permanece ciclicamente no espaço mais atraente da povoação. Não consigo adicionar os dias que a biblioteca ambulante se tem demorado por aqui, em todos eles muito poucos ou quase nenhuns leitores, curiosos que me lembre não tenho para mencionar. Não será esta amnésia que me fará desistir, sempre que for dia de estar presente na aldeia, a biblioteca ambulante com as suas histórias mostrará persistência no propósito de lhes abrir novos horizontes.