Não é dia de levarem histórias...
O coaxar das rãs é o que mais se ouve no lugar curiosamente apelidado de Vale de Rãs nas viagens e andanças com letras de hoje. As roupas frescas sairam dos roupeiros e gavetas para voltarem a trajar as pessoas que não quiseram faltar à chamada da manhã primaveril. Sorridentes, falam em voz alta umas com as outras, olham para a biblioteca ambulante, infelizmente não mostram interesse pelas histórias. Algo que não preocupa o viajante das viagens e andanças, bem os compreendo, não querem perder a oportunidade que a manhã lhes está a oferecer, caminham apressados, investem nos trilhos que os levam a sentir a natureza, ou estão com as mãos na massa preparando os doces tradicionais da época. Os mais devotos examinam as suas próprias experiências profundamente no interior dos templos, mais logo, amanhã e depois desfilarão segurando velas, imagens santificadas nas procissões da festa anual cristã. Não é dia de levarem histórias, são dias de escreverem histórias para memórias futuras da comunidade.