Nesta pressão social...
Lá fora, o mundo anda em contestação, noutra latitude os que perderam as suas raízes são usados como armas de arremesso e colocados no limite de territórios de modo a provocar conflitos. Andamos presos por filamentos, a crise energética associada ao clima, por cá o vírus que abre noticiários volta a ser destaque, se é que alguma vez deixou de o ser. Globalmente anda tudo virado do avesso, a hostilidade que é característica nalguns povos está cada vez mais saliente nas mãos de homens que administram governos nada democráticos. Levantam-se muros, a crueldade apodera-se nas pessoas pressionadas de medos de coisas nenhumas. Nesta pressão social e na estrada, nas viagens e andanças, a biblioteca ambulante continua a provocar a diferença naqueles que a usam através das histórias. Sem agitação as aldeias mantêm-se anónimas, as charnecas embora sendo barreiras transponíveis, cuidam naturalmente de quem fica. Aqui só o vento se destaca levando à sua frente folhas amarelas e deformadas pelo tempo.