Notre Dame de Abrantes
Não é a catedral Notre Dame é um mercado municipal,foi consumido pelas chamas, está devoluto e deteriorado, tem obras de arte e relíquias, tinha legumes, hortaliças, tinha fruta fresca, frutos secos, tinha animais vivos (galinhas, coelhos), ovos, queijos, tinha açougues, peixaria, com oito séculos de história uma referência na civilização europeia e mundial, construído nos princípios do século XX, referência na história local como a primeira grande superfície comercial, tem anualmente 13 milhões de visitantes, tinha abrantinos e não só que diáriamente o frequentavam para adquirir alimentos frescos, cultivados e criados nas hortas limítrofes da cidade e freguesias mais afastadas, criava postos de trabalho a quem expunha os seus produtos para venda, tem mecenas a doar milhões de euros na sua restauração, tem muitos abrantinos preocupados, interessados e ansiosos na sua reabilitação, Emmanuel Macron prevê um prazo de cinco anos para recuperação, demasiados anos para uma decisão. Duas estruturas, dois fins, num o céu é o limite, noutro a superfície, dimensões completamente diferentes, a mesma intenção, as pessoas. Em memória dos que o visitavam com regularidade dos que fizeram dele o seu ofício definitivo, com uma petição efectuada há dois anos, onde maioritariamente se defendeu a sua continuidade por parte dos abrantinos está na altura de vangloriar este edíficio, não sendo um marco do Gótico é um exemplo do empreendorismo na história de Abrantes.