O caderno está longe...
Um traço cheio de cor atravessa o vale na direcção da aldeia, acompanha a linha de água sem a deixar ver o céu. Os majestosos choupos ostentam uma aparatosa folhagem de cores outonais, impondo a quem por aqui passa a sua observação. A biblioteca ambulante confunde-se, um risco colorido a desenhar histórias, pessoas e leitores nas viagens e andanças pelas aldeias. O caderno está longe de estar preenchido, mas tem obras produzidas, pela curiosidade, pelas emoções, pela vontade e aventura na leitura. A inocência das folhas está a ser manchada por várias cores a dissiparem a solidão, a marca do lápis, converte o traço em letras e palavras, pressionando quem lê a alastrar as histórias.