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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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O campo está cheio de formas geométricas, a disposição dos fardos de palha, rectangulares ou circulares, espalhados, empilhados, por vários terrenos planos, próximos das aldeias da minha terra, dão dinamismo à paisagem. Por terra está a palha ainda por enfardar nas máquinas agrícolas, mais formas e dimensões por meter em fardo. Podem ser representações de pensamentos e das palavras por meio da colocação ordenada dos fardos. Um modo de expressão pessoal, ou uma caligrafia antiga. Nas viagens e andanças, gosto de observar a palha arrumada. A paisagem fica organizada, é uma história bem escrita por pessoas com pouco desenvolvimento nalguns conhecimentos intelectuais. Mas, com muita sabedoria na escrita na terra, estão sempre a semear, a plantar palavras, a criarem histórias para nos alimentarem. Em Alvega o largo do coreto, está ocupado por pequenos stands, para se realizar um festival de gastronomia. O mesmo trará nos próximos dias pessoas de outras aldeias para saborearem os petiscos e alguma doçaria local.  São outras escritas, mais elaboradas, nos tachos e panelas. Na biblioteca ambulante está pronta para ser consumida em casa ou noutro lugar.