O dia está enrolado...
O assobio do vento não encanta, dançam as árvores, cabelos despenteados, estão os das mulheres que entram de rompante na biblioteca ambulante. Caminham mais depressa, empurradas pelo vento que não deixa descansar a roupa nos estendais. Rapidamente compõem os cabelos como podem, passam uma mão pela cabeça, depois a outra pressionando mais, esmagando o pelo que encobre a cabeça. As histórias vêm encostadas ao peito, apertadas pelo braço, são preciosas não podem ser levadas pelo vento, há mais leitores que as querem ler. O dia está enrolado no vento que não consegue desembaraçar as horas, os minutos e os segundos, ficou encalhado de tal maneira que não consegue ficar livre deste ar maligno. Venham mais leitores com o vento, que os traga a todos enrolados nas letras, misturando as palavras, as frases, a pontuação, a criar tempestades de histórias.