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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

O sol quando nasce é ...

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Os acordes do sol já se fazem ouvir após os primeiros terem  estado abafados debaixo do espesso nevoeiro. A manhã está carrancuda, o frio gela as mãos, a primeira leitora em Rio de Moinhos trazia as suas nos bolsos das calças, as histórias balouçavam dentro do saco preso num dos braços. O sol aponta ao meio dia, as gotas de orvalho continuam cintilantes dando um ar festivo ao terreno circundante ao adro da igreja da Pucariça. Na Amoreira o pequeno largo onde tudo acontece está saturado de automóveis estacionados, supus que os proprietários dos mesmos se encontram no interior do café, mas vi pessoas em posições relaxadas, no meio da rua, apoiadas nas paredes suportando o calor do sol. Depois de muitos dias cinzentos, de chuva, o sol trouxe ânimo a esta gente. Pena é que a passagem da biblioteca ambulante traga motivação só a alguns, poderia haver muitos mais a apanharem letras, a perseguirem as palavras nas folhas, aquecendo-se nas histórias. Sempre ouvi dizer que o sol quando nasce é para todos, o trabalho incansável da biblioteca ambulante a percorrer aldeias na demanda de leitores não é aproveitado pela maioria dos seus habitantes, pois a leitura transportada nestes veículos imaginados por visionários e conduzidos por sonhadores é para todos.

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