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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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O vento puxa-me, não quero ir, o arco-íris é a ponte para chegar à outra margem do rio, nas viagens e andanças. O sol rasgou as nuvens ao meio, de um lado há alegria, no outro a tristeza. Em ambos há histórias contadas, há histórias por contar, a biblioteca ambulante está cheia delas. O vento não as levou, não sabe ler, é um conquistador, leva tudo à sua frente, de um momento, para o outro, conquista o mundo. A biblioteca ambulante não é o vento, voa nas asas deste, para chegar a todas as aldeias da minha terra, ao mesmo tempo. A chuva veio e já se foi, uma ausência provisória, o silêncio na história na passagem de uma página para a outra. Os leitores ultrapassam o limite de tempo combinado, não aproveitam a ausência da chuva, da tinta, que não escreveu no intervalo do capítulo da história. O marcador trava o avanço precipitado na leitura, lesse mais logo, ou amanhã, quando os leitores chegarem.

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