Olham as cadeiras vazias ...
O bairro de manhã não quis participar, na aldeia, de tarde, estavam à nossa espera, a biblioteca ambulante e o projecto social, parceiros no combate à solidão e ao isolamento. Será uma semana de leitura, de histórias, de momentos exclusivos partilhados entre todos. Na periferia as pessoas isolam-se, enfiadas nas fracções dos prédios, sem contactarem com o vizinho do lado de cima e de baixo, ali estão espreitando detrás dos cortinados, das persianas. Olham as cadeiras vazias, onde poderiam estar sentados a ouvir, conhecendo-se mais uns aos outros, percebendo as qualidades de cada um, aplicá-las entre si e na comunidade. Na aldeia o ar quente não foi suficiente para refrear o entusiasmo perante a presença da biblioteca ambulante e parceiras, as histórias adaptaram as conversas inesperadas que cada uma tinha para dizer. Atropelavam-se umas às outras, a necessidade de comunicar, de fazer chegar a vitalidade com que colocam as mãos nas actividades do local onde habitam não tem igual.