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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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A névoa rasteira não permite descuidos na estrada de curvas seguidas, a conduzir a biblioteca ambulante nas viagens e andanças, em direcção ao Tramagal. Acrescentando a temperatura baixa, os cinco graus  celcius que se colam no corpo de quem arrisca andar desprotegido, ou sem agarrar uma história nas mãos por exemplo, ainda a privação de leitores que sobe nos lugares do costume, dos encontros verdadeiros e deslumbrantes ao mesmo tempo. Onde a oralidade recruta histórias abandonadas, ou talvez não, pois continuam a ser transmitidas muitas vezes por gente que não sabe ler e escrever, histórias que valiam estar impressas nas folhas do papel de qualquer brochura. Este enfraquecimento de quem lê para si mesmo tem muito a ver com os alarmes, perante o agravamento da pandemia. A propagação é uma barreira, e o sentido da responsabilidade, o confinamento nalguns casos, prendem-nos nas suas casas. Ficamos todos a perder outra vez, as histórias na biblioteca ambulante vão continuar a viajar nas estradas tenham elas curvas ou não.

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