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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Os forasteiros e as histórias

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O corpo está preguiçoso. o bocejar continuo não tem fim, a manhã ao contrário do viajante das viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, está vigorosa.Mais fresca que as anteriores, mesmo assim o sol ergueu-se sorridente, embora ameaçado pela depressão Miguel que se aproxima. Seguindo na direcção da Carreira do Mato, com vista para o rio Zêzere, a norte do concelho, as nuvens vieram ao encontro da biblioteca ambulante, não foram suficientes para travar a viagem que terminou defronte da Tasca do Zé. As portas foram abertas, as histórias não se atemorizaram perante as notícias de que o vento traria rajadas furiosas. O dia de hoje ecoa há 75 anos nas histórias, nas páginas dos jornais, na oralidade e memórias, dos poucos que ainda são vivos, nas estantes dos arquivos e bibliotecas, foi o desembarque das tropas aliadas na Normandia, uma carnificina pelo tudo ou nada da liberdade da Europa, que para muitos ainda não serviu de exemplo. Continuando na aldeia,  os leitores surgiram, olharam e recolheram as histórias, falaram do tempo, das coisa simples, não há muito mais para se dizer, a humildade do lugar não tem a dimensão, social e cultural da cidade, são as pessoas e o meio natural que envolve a aldeia que a tornam aptecível e continuam a trazer os que partiram, os forasteiros e as histórias.