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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Os livros e as árvores ...

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É bom ver chover, como se os livros abrissem as páginas esvaziando as letras, alcançado todos que estão sob as nuvens escuras há demasiado tempo. Não sou adversário das nuvens escuras que transportam no ventre esperança, e vida. As árvores ficam sem folhas com a aproximação do inverno, reduzem o gasto de energia para se protegerem do frio, não morrem. Os livros e as árvores são feitos do mesmo filamento. A história menciona os inúmeros ensaios para eliminar livros e árvores, piromanos, ou palavras incomodando tiranos e ditadores, fogueiras que motivam ainda mais quem gosta de escrever, de plantar o que lhe vai na alma. As palavras voltam a preencher páginas vazias, para agarrarem aqueles que as lêem, as folhas das árvores recomeçam a captar a luz, a realizar fotossíntese. O espaço de tempo transforma-se, com a sobrevivência das palavras e das árvores inalteradas.

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