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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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Neste momento o sol acutila o pequeno largo encurralado por casas na Amoreira, quem o atravessa sente na pele a temperatura elevada. Um gato veio proteger-se debaixo da biblioteca ambulante, um abrigo comum para quem gosta de ler, bizarro para os que não dão importância às histórias, ao ofício de bibliotecário ambulante,  ou podia ser um saltimbanco exibindo as suas habilidades a tentar convencer que a leitura é saudável. A biblioterapia e os seus adjuvantes nos vários géneros literários ajuda no tratamento da inquietude, pegar num livro, abri-lo, acarinhar as páginas, meter o nariz nas folhas, inspirar o cheiro do papel manuseado pela primeira vez. A acção de descobrir empolga sempre, entre amantes, nos apaixonados por livros com as suas histórias. Tenho sorte de percorrer as aldeias da minha terra nas viagens e andanças, diariamente há sempre algo nunca observado em que tropeço e fico a conhecer. O mais importante são as pessoas abeirando-se da biblioteca ambulante a comprometerem-se com as histórias, há outros também essenciais ao dinamismo dos dias, não lêem, mas apreciam permanecer para comunicar. Hoje  aconteceu ter a presença de leitores, bons conversadores, num abrir e fechar de olhos dei por terminado o dia.

 

 

 

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