Passeio a pé pelo Beco da Amoreira
Antiga rua da Amoreira, modificada para Beco com o mesmo topónimo, na sua aparência inicial desembocava na travessa do Tem-te-bem, (referida no Tombo da Misericórdia de 1594) assim como faz a rua dos Condes de Abrantes um pouco mais acima. Eduardo Campos na Toponímia Abrantina, ed. 1989, com documentos do AHCA, escreve: em 29 de Novembro de 1834 a CMA pôs à venda a metade da Rua da amoreira ao forno para sima, que foi adquirida por Ana Angélica de Sousa, Florêncio, José Dias e Ana da Pacificação. Foi assim que depois se passou de rua a beco, foi só em 11 de Maio de 1927 que passou a ter a actual denominação. A origem do topónimo não se sabe, mas nesta região o Marquês de Pombal mandou plantar grande quantidade destas árvores, se a rua as teve aquando o seu surgimento não há resposta. Em plena manhã, na cidade, o beco também ele silencioso, escondido por quem caminhe pelo Largo Raimundo Soares Mendes, mais conhecido pelo largo da Câmara. É por aqui, entrando na antiga rua da cadeia, actualmente Manuel António Mourato, virando logo depois á direita que o encontramos, sombrio, ladeado por casas altas, numa delas atravessa-se de um lado ao outro da rua através de uma passagem superior. Os quintais situados no alto permitem a quem aqui habita ter pequenas hortas, árvores de fruto, tudo isto no centro urbano, muito ainda por dar a conhecer. Um beco intimista, foi isso que senti, durante o dia, o sol por aqui pouco deve penetrar, também as pessoas, o seu comprimento deve ter pouco mais de cem metros, termina num portão guardado por uma grande árvore é uma visita curta, mas tão cheia de tranquilidade que aptece assentar por aqui. Venham experimentar este local da cidade de Abrantes, sairão mais completos após deixarem as vossas peugadas nesta ruela.