Pela curosidade de histórias novas
A terra que pisamos, a terra que nos alimenta, há muito que cobiçava aceitar a água que não se cansa de cair. Durante a noite, pela madrugada, de manhã, ininterruptamente a molhar, a encharcar, quem anda desprevenido na rua, as terras que não ficam saciadadas apesar da abundância. A neblina e os aguaceiros originaram na cidade, onde as viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, têm início e fim, uma atmosfera indefinida e densa. A calçada escorregadia obriga a caminhar cautelosamente, não vá o diabo tramar alguma, e acabar esparramado no chão, ainda assim o movimento nas ruas e largos é significativo. Na aldeia do Souto, as nuvens despejaram toda a água que traziam, momentâneamente a biblioteca fechou as portas, as histórias têm de estar ilibadas destas intempéries súbitas. De vigia a quem passa, será um leitor, será um trauseunte anónimo, estão neste estado a tarde toda, na expectativa de conquistar os leitores que penetram perante a sede de leitura, pela curiosidade de histórias novas.