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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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Nos confins do território das viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, a roçar o norte alentejano, na berma da estrada, a biblioteca ambulante reencontra os pastores apoiando-se no cajado a observar os seus rebanhos. Junto a estes os cães vigiando o movimento dos animais, a abundante erva trava-os de se desviarem dos locais escolhidos para permanecerem. O floreado silvestre vai conquistando a pouco e pouco o tapete verde, fico curioso por saber quem ganhará a concorrência pelas plantas. O sol vai alto, a temperatura desafia-me a despir o pulôver, não tardará acontecer o mesmo às ovelhas, a tosquia retirará a espessa lã que as agasalha no inverno. Tempo precioso para folhear páginas de histórias, abrigado no silêncio do campo, ouvindo a sinfonia das aves, agarrando o leve sopro do vento na sombra das árvores. A natureza renasce, podemos reaparecer com a leitura, reviver lugares que conhecemos de outras aventuras com outros personagens e enredos diferentes nas acções e nos momentos.