Por fim demoram-se
A névoa abraçou a manhã, a chuva afoga-a sem parar, foi nestes dois estados, com o asfalto a atraiçoar o progresso da biblioteca ambulante na direcção da aldeia do Tubaral, que cheguei nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. No Casal Cortido a manada refastelada no montado aproveita a água desabando. O largo não tem vivalma, não tem a carrinha da padeira, só um cão a ladrar desalmadamente ao viajante das viagens e andanças. Um forasteiro por estes lados, apesar de voltar e tornar a voltar, continuarei a ser para esta gente, sempre alguém de fora. As histórias são cúmplices nos laços criados entre mim e eles. As poucas, muitas, visitas á biblioteca ambulante em busca de histórias novas, aproximou-nos, há sempre qualquer coisa a dizer informalmente, uma saudação , um sorriso, um desabafo. Por fim demoram-se, voltam sem necessidade de trazer ou levar, querem estar, querem companhia, saber mexericos da cidade.