Quantas páginas terão, e são ...
historiasabeirario
Na pastagem a disputa pela erva macia está ao rubro, com os mais novos a não largarem a sombra das progenitoras. Os que estão de pança cheia, estão deitados a aproveitarem os raios do sol, indiferentes ao que se passa ao redor. Enquanto as nuvens não impedem os traços do sol, acertarem no lugar onde os animais pastam. Na rua a conversa está ao rubro defronte do café, vozes roucas, competem pela sua vez de falarem, ao mesmo tempo só gera confusão e ruído. O cheiro intenso, causado pelo tabaco a ser consumido, invade o interior da biblioteca ambulante. Quem fuma, está aproximadamente a uma distância de vinte a trinta metros, há boleia, na aragem, o odor chega rapidamente, impregnando as narinas do viajante das viagens e andanças. Desabituei-me deste cheiro, artificial no tabaco actualmente, há uns anos passados, foi mais doce, mais natural. Há ainda o tabaco consumido nos cachimbos, exalando um aroma harmonioso. Quantas páginas terão, e são lidas, entre reflexões e cachimbadas, em espaços cheios de neblina tabagista. Intimamente ligados ao romance policial, a outros géneros literários, por personagens, por viciados na leitura, o cachimbo e o cigarro, foram e são companheiros na escrita e na leitura. (Não sou fumador, e não sou fundamentalista em relação aos fumadores).