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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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A pouco e pouco a primavera instala-se, a charneca expõe a sua paleta de cores, modificando a paisagem. As viagens e andanças com letras, têm agora outra impressão, existe mais ilustração, as histórias acontecem com novas essências, com um estímulo mais sarapintado. As flores silvestres mostram-se vaidosas à biblioteca ambulante, ladeiam as estradas estreitas que levam as histórias e as pessoas às aldeias e lugares da minha terra. Dão esperança aos que habitam por aqui, estamos num tempo de renascimento espiritual, de um novo recomeço na natureza. Nas árvores, escondidos nas ramagens os berços construidos com pequenos galhos, folhas, um pouco de tudo que tenha utilidade para reforçar o começo, estão com ovos. Atarefadas as pequenas aves não param, voando de um lado para o outro, os sons que libertam são os mais variados possíveis, assim fossem sempre os leitores das histórias da biblioteca ambulante. Que estivessem sempre atulhados pelas letras, fossem mais assíduos, que não cessassem de principiar histórias. Não fico magoado por não serem contínuos com estas, mas à semelhança das aves, andarão sobrecarregados com as raízes que se fixam na terra, com as plantas que se erguem, com as flores que brotam das árvores, também elas camas de frutos que estão por vir.