São estas e os vendedores ...
Somente o sol parece ser presença assídua nesta manhã, a luz que irradia enche o largo na aldeia, criando figuras no alcatrão quando os raios são interceptados pelos cabos aéreos. Linhas que cruzam, levam e trazem palavras amarradas, aldeias caladas, amedrontadas pela solidão. Há sempre um momento que escapa ao afastamento, a hora exacta em que ouvem a buzina ensurdecedora da carrinha que traz o pão, imediatamente saem de casa na direcção do padeiro, de olhar ligeiro e desconfiado para a biblioteca ambulante. Apesar dos anos de permanência, muitos ainda não acreditam nas histórias, hesitando no conteúdo das palavras, mal sabem o deleite que proporcionam. São estas e os vendedores ambulantes deabulando de aldeia em aldeia, procurando cada um à sua maneira, pessoas que queiram matar a iliteracia, a fome e a sede de convívio.