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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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O reflexo das folhas douradas que caem, ornamenta a tarde a preparar-se para mergulhar no reino da escuridão. O espólio de algumas destas obras da natureza, aguardam  a vez para se sacrificarem na fogueira de Natal. O fogo irá consumir vorazmente a lenha amontoada nos próximos dias, ao redor deste, os leitores do tempo, na aldeia, juntam-se para comerem e beberem. Momentos de escutarem com atenção os murmúrios do fogo, estão seduzidos pelas danças das chamas.  O calor proveniente da euforia das histórias, do início dos tempos, fulmina as fragilidades, extingue o afastamento. Aproveitam o calor intenso  das palavras apaixonadas, para recolherem os ensinamentos da reunião entre todos.  Um sentimento que cresce, com as chamas a elevarem-se. São histórias que nascem sem se escreverem, amores que ardem sem se verem.