São histórias que nascem ...
O reflexo das folhas douradas que caem, ornamenta a tarde a preparar-se para mergulhar no reino da escuridão. O espólio de algumas destas obras da natureza, aguardam a vez para se sacrificarem na fogueira de Natal. O fogo irá consumir vorazmente a lenha amontoada nos próximos dias, ao redor deste, os leitores do tempo, na aldeia, juntam-se para comerem e beberem. Momentos de escutarem com atenção os murmúrios do fogo, estão seduzidos pelas danças das chamas. O calor proveniente da euforia das histórias, do início dos tempos, fulmina as fragilidades, extingue o afastamento. Aproveitam o calor intenso das palavras apaixonadas, para recolherem os ensinamentos da reunião entre todos. Um sentimento que cresce, com as chamas a elevarem-se. São histórias que nascem sem se escreverem, amores que ardem sem se verem.