Se fosse hoje era...
Lugar onde as pessoas da aldeia se abastecem, e frequentam para beber café, um copo, ter conhecimento das novidades. Ponto de encontro dos velhos e dos novos, o Mercadinho da Fonte em Sentieiras, foi hoje, entre embalagens de massas, arroz, leite, enchidos, carne, peixe, e sei lá mais o quê, palco para saber mais sobre António Botto. Homem diversificado na literatura, nasceu na aldeia da Concavada, no concelho de Abrantes, a 17 de Agosto de 1897. Estamos pois a celebrar o seu nascimento, ainda menino foi para Lisboa, adolescente o seu primeiro trabalho foi numa livraria. Viajou pelo estrangeiro, foi funcionário público em Angola, regressando a Lisboa para trabalhar no Governo Civil, não ficando por aqui, realizou outros trabalhos de curta duração. Em 1921 é publicada a primeira edição, o livro Canções, com prefácio de Teixeira de Pascoaes. Obra criativa na lírica portuguesa ao abordar de maneira ousada o amor homosexual. Domina ainda a literatura dramática, Flor do mal, de 1923, Nove de Abril, de 1938 são exemplos. A literatura infantil também faz parte da sua bibliografia, tem contos traduzidos na língua inglesa e irlandesa, parte da sua obra poética foi traduzida por Fernando Pessoa, em 1948 com o título de Songs. Foi expulso em 1942 da função pública e partiu doente para o Brasil, onde morreu a 16 de Março de 1959. Atropelado no Rio de Janeiro aos 61 anos. Um homem se fosse hoje era uma referência no panorama literário português.