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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Sedentos de histórias

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 A estrela ao redor da qual andamos, onde na outra metade já não volta atrás na sua descida desenfreada na  direcção do horizonte, está ainda na parte de cá sonhando no travesseiro tapada pelo manto de nevoeiro. Neste momento no lugar na estrada que atravessa a cidade desde a rotunda da caserna até ao seu acasalamento com a nacional 2, a portagem, o trânsito automóvel supera o normal nesta hora. Viaturas amarradas a outras transportam cães revelando olhares macambúzios, juntos uns aos outros para se protegerem do frio da recente manhã. São caçadores rumando ao alentejo esperançados num dia abundante na captura de animais silvestres, mais não seja devido à escassez da bicharada, pelo convívio entre todos. Soube que na próxima semana a biblioteca ambulante, retoma as viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, a intervenção mecânica a que foi sujeita, terminou da melhor maneira. Assim voltarei a sentar-me, colocar a chave na ranhura, rodar, ouvir o motor a declamar, agarrar no volante, pé no pedal, accionar a marcha atá às aldeias, onde aldeões sedentos de histórias aguardam a biblioteca.