Sentem a liberdade que não ...
Os prados verdes são as folhas onde os homens nas aldeias escrevem as páginas das suas vidas. Obras literárias que alimentam a imaginação daqueles que nunca saíram das grandes cidades. Lêem, saboreando com curiosidade cada palavra nas páginas, escritas pelos homens das aldeias da minha terra, nas folhas. Sentem a liberdade que não têm na cidade, sempre que as apreciam. Soltam-se os odores, fumegam no espaço das refeições, alegres, tristes, solitários, oriundos da leitura, da terra negra, das palavras cozinhadas, nos pratos, na mesa das pessoas da cidade. As histórias das aldeias da minha terra fervilham, intrigando os comensais. A tarde na aldeia, em S. Miguel do Rio Torto arrefece, com o sol apontado ao zénite, mais uma volta ao relógio e a noite instala-se.