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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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O ar fresco varre o vale, leva a companhia, traz a solidão. Separa os filhos da terra, puxa, o isolamento, o medo, o ruído do silêncio. Em breve, as folhas das árvores começarão também elas a serem levadas pelo vento, deixando estas despidas, arrefecem as mulheres e os homens no vale. Nos dias curtos, dos próximos meses, há uma árvore resistente às intempéries do inverno. Na biblioteca ambulante, as sua folhas nunca se despedem dos ramos que as prendem. Os leitores cativam as histórias com a leitura, embora as ramificações estejam a perder vigor, as que continuam ligadas aos caules, no vale, nas aldeias, agarram com força as folhas. Viajam presos nas folhas até ao fim dos tempos. No vale o vento sopra com mais energia, vou utilizar a sua eficácia, e partir. Como os leitores fazem com as histórias, voar com imaginação noutra aldeia.