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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

26.Mai.23

Sempre a subirem com esforço ...

historiasabeirario
A bengala ampara a estrutura física, a história um argumento portador de estímulo. A velhice não é sinónimo de interrupção, a caminhada continua a realizar-se, mais limitada indubitavelmente. Na companhia dos objectos certos, pode-se avançar no tempo, viajando, a perdurar memórias nas histórias vividas, mesmo as impressas, escritas por viajantes que nunca desistiram de percorrerem extensas planícies desertas, ou colinas de páginas brancas movendo-se pela acção do (...)
25.Mai.23

A luz brilhante borra a ...

historiasabeirario
A tarde sufocante não inibe os leitores de virem à biblioteca ambulante, ler o jornal, ou encontrarem alguma história onde se possam abrigar da provável chuvada que cairá muito antes do viajante das viagens e andanças dar por terminado o dia. A luz brilhante borra a imagem, sem distrair os leitores empenhados em descobrirem histórias e palavras, bem podiam ser, guarda-chuva, sombrinha, ou umbela,  impermeável, gabardina, para-raios e outras relacionadas com o que aí vem. As (...)
23.Mai.23

Trazerem leitores do passado ao presente ...

historiasabeirario
Telhados deitados abaixo, um desastre que se tornou normal nas aldeias, nos núcleos absoletos da maioria das nossas cidades. Histórias desconhecidas, heranças descontinuadas, gerações interrompidas, sem representação. Há pouco alguém pediu se podia entrar na biblioteca ambulante, só queria observar, após o primeiro passo no interior, as palavras saíram-lhe naturalmente, as memórias que eu tenho disto. Continuando, disse, o senhor Diniz quando chegava à minha aldeia já (...)
22.Mai.23

A barreira dos primeiros tempos ...

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O regresso da chuva retirou força aos  grãos microscópicos, companheiros azucrinantes nas viagens e andanças, aos quais tenho muita hipersensibilidade. Vou ter assim um dia calmo relacionado com as alergias, no resto, os leitores, os empréstimos as visitas à biblioteca ambulante vou esperar e ver o que acontecerá. No Vale de Açor os preparativos para a festa nos primeiros dias do próximo mês prosseguem a bom ritmo, soube por um leitor que é a primeira após alguns anos de (...)
19.Mai.23

Há música na Bia...

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Há música na Bia, há festa na aldeia, as palavras foram as bailarinas no Centro Social de S. Facundo. O acordeão soltou as melodias, e estas encheram o salão, bailaram com sorrisos de encherem a boca. Não houve leilão, não se venderam e arremataram palavras, como faziam noutros tempos os rapazes. "Compravam" o seu par, as raparigas bonitas com quem queriam dançar. Quem oferecia o maior lance, dançava com a rapariga desejada. Ora quantos escudos seriam necessários para manter o (...)
18.Mai.23

Os Coldplay não param de ...

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O vento fustiga as aldeias da minha terra, esgota a paciência, ouço as  pessoas a falarem sozinhas na rua, ralham com a aragem pestífera, com os cabelos inquietos, com elas próprias, pelo dever de andarem na rua. A incumbência de virem à biblioteca ambulante não é reclamada, entram desarranjadas pela força da ventania, pela vontade de quererem ler histórias. Livram-se do cansaço causado pelo mal-estar da ventania, a pesquisarem histórias, lendo pequenos   excertos,  ou (...)
17.Mai.23

Estilos não faltam nas histórias ...

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O calor abraçou a tarde depois da ventania acalmar, uma excentricidade que não faz falta nenhuma nas viagens e andanças com letras. Felizmente os leitores hoje abriram as portas das suas casas, e definiram vontade de saírem, virem à biblioteca ambulante, devolverem as histórias, levarem outras. Os cabelos no ar, foram só episódios rocambolescos, peripécias para os prenderem. A segurarem as histórias, não foi fácil, quem não passou pela experiência foram aqueles com menos (...)
16.Mai.23

Sei quando volta o período ...

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A tarde está estranha, há ribeiros a perderam o sorriso, a água esgota-se, ficam as pedras, camas onde ninguém se quer deitar. Será por isto, que hoje os leitores desistiram de se juntarem com as histórias na biblioteca ambulante. Mencionei a anormalidade a envolver esta parte do dia, possivelmente os leitores caíram neste vazio e não conseguem subir, voltar para as histórias. Sei de um, assíduo leitor, de um momento para o outro, a vida pregou-lhe uma partida, perdeu a mulher, (...)
15.Mai.23

Quero estar bonita ...

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Completei dez anos ao serviço das pessoas, dos leitores, nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. Trouxeram uma surpresa, levaram-me a uma costureira para realizar medidas, altura, largura, para um vestido novo, de padrão diferente, com estampas no tecido, marcadas pelo património abrantino, os livros, os quais Abrantes sempre partilhou nas suas bibliotecas, ainda na primeira metade do século XIX até aos dias de hoje com os leitores. Os monumentos onde o (...)
15.Mai.23

Quero estar bonita ...

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Completei dez anos ao serviço das pessoas, dos leitores, nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. Trouxeram uma surpresa, levaram-me a uma costureira para realizar medidas, altura, largura, para um vestido novo, de padrão diferente, com estampas no tecido, marcadas pelo património abrantino, os livros, os quais Abrantes sempre partilhou nas suas bibliotecas, ainda na primeira metade do século XIX até aos dias de hoje com os leitores. Os monumentos onde o (...)