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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

02.06.25

Surfarem nas ondas das histórias...


historiasabeirario

A debilidade do sol causou uma manhã frouxa, em comparação com as manhãs anteriores. Um casaco, um pullover, não estorvam a quem os usa, no caminho para o trabalho. Assim, andam as viagens e andanças nos altos e baixos, da meteorologia. Expondo o viajante das viagens e andanças, a uma temperatura extrema, colocando-o a seguir noutra oposta. Atingindo a itinerância, os leitores, escolhendo a biblioteca ambulante como "estandarte". A partir do final da semana que decorre, esticando (...)
02.06.25

Surfarem nas ondas das histórias...


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A debilidade do sol causou uma manhã frouxa, em comparação com as manhãs anteriores. Um casaco, um pullover, não estorvam a quem os usa, no caminho para o trabalho. Assim, andam as viagens e andanças nos altos e baixos, da meteorologia. Expondo o viajante das viagens e andanças, a uma temperatura extrema, colocando-o a seguir noutra oposta. Atingindo a itinerância, os leitores, escolhendo a biblioteca ambulante como "estandarte". A partir do final da semana que decorre, esticando (...)
13.05.25

A chuva não foi meiga a cair, ...


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A neblina está presente na aldeia de Rio de Moinhos, são dez horas da manhã, e os casacos fazem parte da indumentária das pessoas. A primavera está a olhos vistos moribunda, não há dia em que não chova, sem sol, ou faça algum frio. Sempre que a noite chega, fico em apuros, em casa, num canto da sala, há uma manta de sobreaviso, para o caso de ser necessária, para me tapar. A lareira está fora de hipótese, a insuficiência de lenha, não alimentaria o vão aberto na parede, (...)
22.04.25

O sol continua a inundar o ...


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As nuvens passam devagar por cima da biblioteca ambulante, da minha cabeça, observando melhor,  consigo avistar um avião apressado por cima destas. O rasto de condensação (nuvens que se formam pelo ar quente e húmido que sai dos motores) deixado é uma memória curta que fica no firmamento, diferente da lembrança das palavras, com que ficamos nas leituras que realizamos. As palavras cravadas nas páginas são eternas, ficam para sempre nas bibliotecas, nas colecções e textos (...)
02.04.25

O tempo na aldeia, com estas mulheres ...


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Unem por meio de pontos dados com agulhas enfiadas em linhas, não é o mesmo nas páginas das histórias, é outra escrita, as linhas continuam a ser o ponto de encontro. Umas dão lugar às letras, estas admitem outros saberes, transmitidos pelas mães, pela escola da vida na aldeia. A mensagem chega pelos ornamentos com desenhos constituídos por linhas trabalhados à mão. Acontece o mesmo com a comunicação escrita, cujas palavras se desenvolvem sobre a linha invisível da folha (...)
14.03.25

Protesta de forma inflamada ...


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Hoje está sol, os pássaros cantam sem se deixarem observar, os ninhos cheios de ovos estão dissimulados nas árvores cujas folhas não têm fim. Na aldeia de Rio de Moinhos no largo da igreja, os automóveis artravessam apressados o espaço, os condutores não evitam deitarem olhares à bliblioteca ambulante. Esta continua até agora a surpreender os aldeões mais distraídos, transeuntes espantados pelo prolongamento da oferta de histórias. Por desconhecimento da presença desta (...)
24.02.25

Demais para os leitores ...


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A alergia aos pólen trata-me com despeito, ainda agora está no início, se bem que, indistintamente a primavera ande por aí, nas aldeias da minha terra. Também a biblioteca ambulante regressou, mostrando-se vagamente, após um intervalo longo. Demais para os leitores, para o viajante das viagens e andanças. Infelizmente a leitura continua no segundo plano, nas decisões, na determinação de objectivos. Um desarranjo no maquinismo da porta grande, impediu esta de visitar as (...)
25.11.24

A rua é um traço preto ...


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Na aldeia da Amoreira as nuvens tiraram o sorriso que a manhã mostrou desde o seu início. A perda da expressão facial desta, não dificulta os seus habitantes de exporem à vista do bibliotecário da biblioteca ambulante, pessoalmente, o seu sorriso, a saudação, com um gesto da mão, ou erguendo um braço, ao passarem próximos das histórias. Não frequentam o espaço onde a criatividade está presente, de braços abertos, a quem queira conhece-la, ficar íntimo, ou mesmo (...)
23.09.24

Os leitores andaram ...


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Em Rio de Moinhos o ruído do motor do cartepílar de um lado para o outro próximo da biblioteca ambulante, deixa o viajante das viagens e andanças incomodado. Foi de manhã, acontece outra vez no período da tarde. Está a ser um dia de outono perturbado pelo som de uma ferramenta a cortar pedra, a buzina intermitente do tractor constantemente alertando a sua deslocação aos mais distraídos. Só não ouço a voz dos trabalhadores, concentrados no exercício da sua actividade. A (...)
04.09.24

Aqui acaba o que não...


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O som da televisão chega à biblioteca ambulante, a obscuridade no interior do café não me impede observar um homem sentado com o rosto na direcção da televisão. Num canto, ao fundo do estabelecimento, distingo um vulto sentando, ao contrário do primeiro a sua cabeça está descaída, o sono apanhou-o de surpresa. A luz solar enche o pequeno largo, exceptuando a biblioteca ambulante, um leitor a explorar as histórias, não se passa mais nada. Os enfeites das festas de verão na (...)