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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

17.Mai.23

Estilos não faltam nas histórias ...

historiasabeirario
O calor abraçou a tarde depois da ventania acalmar, uma excentricidade que não faz falta nenhuma nas viagens e andanças com letras. Felizmente os leitores hoje abriram as portas das suas casas, e definiram vontade de saírem, virem à biblioteca ambulante, devolverem as histórias, levarem outras. Os cabelos no ar, foram só episódios rocambolescos, peripécias para os prenderem. A segurarem as histórias, não foi fácil, quem não passou pela experiência foram aqueles com menos (...)
26.Abr.23

As histórias causam espontaneidades ...

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As leitoras,  hoje estão focadas nas revistas de bordados, gostam de estarem reunidas, têm prazer em decorar tecidos utilizando as linhas. Exploram os periódicos com a vista e com as mãos a esforçarem as folhas de um lado para o outro, nada lhes escapa nas observações, usam uma linguagem técnica da qual não percebo nada. Embaraçado, tento estar disponível para ajudar quando questionado por um desenho desejado, para ornamentar uma almofada,  um exemplo. Entraram cheias de (...)
05.Abr.23

Ou podia ser um saltimbanco exibindo ...

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Neste momento o sol acutila o pequeno largo encurralado por casas na Amoreira, quem o atravessa sente na pele a temperatura elevada. Um gato veio proteger-se debaixo da biblioteca ambulante, um abrigo comum para quem gosta de ler, bizarro para os que não dão importância às histórias, ao ofício de bibliotecário ambulante,  ou podia ser um saltimbanco exibindo as suas habilidades a tentar convencer que a leitura é saudável. A biblioterapia e os seus adjuvantes nos vários géneros (...)
17.Mar.23

O silêncio surpreendido ...

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A leitura em voz alta, partilhada à mesa, embrulhada nos novelos de linhas coloridas, progride noutra aldeia.  A mesma história com outras pessoas estimula as mesmas emoções, puxa as memórias arrumadas nas gavetas do labiríntico compartimento mental. O enredo de mão em mão à roda da mesa destaca-se, o silêncio surpreendido por ser também ouvido na pausa de um parágrafo, num ponto final ou na mudança de uma linha de palavras. A magia daquele que escreve em quem lê é (...)
28.Fev.23

As folhas de papel ...

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Deixei para trás as amendoeiras, não estão ainda naquele tempo breve das suas folhas atraírem os olhares dos forasteiros, como eu. Puxar da máquina fotográfica e deixarmos estar o dedo a premir o botão, advinhando o melhor disparo que colocará a fotografia eleita publicada numa qualquer rede social. Continuei a viagem na biblioteca ambulante a calcular a quantidade de água necessária absorvida para regar o intensivo amendoal. As folhas de papel em branco também sorvem (...)
20.Jan.23

São hoje leitores ...

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Estou numa luta com a preguiça, conceber a crónica de hoje não está a ser fácil, nunca são. Mas a pouca disposição é mais forte, as nuvens viajantes continuam a tapar e destapar o sol, parece que alguém quer ver como estão as coisas cá em baixo. Provar, para saber se é boa a leitura na biblioteca ambulante, a curiosidade aguça o apetite, assim responderam muitos dos leitores da biblioteca ambulante. São hoje leitores fiéis, são diferentes das nuvens, aproximando-se, (...)
03.Jan.23

O sol quando nasce é ...

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Os acordes do sol já se fazem ouvir após os primeiros terem  estado abafados debaixo do espesso nevoeiro. A manhã está carrancuda, o frio gela as mãos, a primeira leitora em Rio de Moinhos trazia as suas nos bolsos das calças, as histórias balouçavam dentro do saco preso num dos braços. O sol aponta ao meio dia, as gotas de orvalho continuam cintilantes dando um ar festivo ao terreno circundante ao adro da igreja da Pucariça. Na Amoreira o pequeno largo onde tudo acontece está (...)
14.Dez.22

Duas fontes ...

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O fogacho do sol traz outra sensação, imediatamente aproveitado para fumar um cigarro, olhar o vazio, aguardar a correspondência insistindo no retardamento. O sol visita a aldeia no mesmo momento da permanência da biblioteca ambulante. Duas fontes necessárias à vida das pessoas, o sol quando nasce é para todos, as histórias também o são. Na primeira não temos capacidade influenciável, na segunda não é a ausência de instrumentos, ou de uma praia onde as letras e as palavras (...)
23.Nov.22

A pesquisa minuciosa ...

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A escrita é substituída pela agulha e linha à mão, sem abandonar a máquina quando necessário. Um método diferente de transmitir histórias, o fio em vez da tinta, a agulha troca com a caneta, sempre com a mão a conduzir. A pesquisa minuciosa leva o seu tempo, passam as revistas a pente fino até encontrarem a figura que lhes irá invadir o tempo livre. São conquistadas pelo estilo de bordar do recortado e rendado. O escritor opta pela escrita criativa, usando a imaginação para (...)
17.Out.22

Os livros e as árvores ...

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É bom ver chover, como se os livros abrissem as páginas esvaziando as letras, alcançado todos que estão sob as nuvens escuras há demasiado tempo. Não sou adversário das nuvens escuras que transportam no ventre esperança, e vida. As árvores ficam sem folhas com a aproximação do inverno, reduzem o gasto de energia para se protegerem do frio, não morrem. Os livros e as árvores são feitos do mesmo filamento. A história menciona os inúmeros ensaios para eliminar livros e (...)