Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

16.05.25

O verão chegou ...


historiasabeirario

Foram alguns meses a transitar na estrada a levar a biblioteca ambulante, às aldeias das Bicas e Vale de Açor, a passar por cima de pequenas partes, desta, em muito mau estado. Finalmente, hoje foi com satisfação que a biblioteca ambulante, a transpôs, sem estar ainda concluída a intervenção necessária, mas, a progredir para contentamento dos fregueses, e do viajante das viagens e andanças. Não fosse as pessoas destas aldeias a reclamarem, as deformações estariam por reparar, (...)
28.04.25

Afinal, as aldeias possuem...


historiasabeirario

Sem luz, os leitores na aldeia continuam a entrar na biblioteca ambulante, não é complicado viver sem energia artificial. Na horta, há legumes e hortaliça, têm galinhas, ovos, e coelhos, no galinheiro, na coelheira, poços abastecidos pelas rede de canais subterrâneos, alimentados pela infiltração da água das recentes chuvas. Lêem sob a iluminação dos antigos candeeiros a petróleo, ou recorrem a velas de cera, caso a energia eléctrica não tenha sido reposta. Afinal, as (...)
28.11.24

Sentem a liberdade que não ...


historiasabeirario

Os prados verdes são as folhas onde os homens nas aldeias escrevem as páginas das suas vidas. Obras literárias que alimentam a imaginação daqueles que nunca saíram das grandes cidades. Lêem, saboreando com curiosidade cada palavra nas páginas, escritas pelos homens das aldeias da minha terra, nas folhas. Sentem a liberdade que não têm na cidade, sempre que as apreciam. Soltam-se os odores, fumegam no espaço das refeições, alegres, tristes, solitários, oriundos da leitura, da (...)
26.09.24

Andamos assim às turras com ...


historiasabeirario

Na aldeia das Bicas, o sol rompeu com o cinzentismo dominante desde que o dia amanheceu. Uma revolução celestial que terminou de vez, na aldeia, com a opressiva pluviosidade. A biblioteca ambulante tem as suas portas abertas de par em par, sem condenações ou repressão social. Todos podem aproximarem-se, entrarem, sem se molharem no exercício livre da leitura. A primeira metade do dia foi bastante opressiva, a chuva não permitiu quaisquer ligeirezas, naqueles que gostam de ler. Não (...)
09.09.24

Ondas de perfume invadirão ...


historiasabeirario

Manhã tranquila com temperatura amena, sem nada a acontecer na aldeia do Vale de Açor. Vozes distantes chegam à biblioteca ambulante, os sons domésticos intervêm de vez em quando, superando os primeiros. A serenidade está em todo o lado, no temperamento dos homens que vigiam a floresta, nos que trabalham no corte da lenha, naqueles que conduzem veículos pesados a transportar madeira. Até agora, o silêncio consegue ouvir-se melhor que os outros, a sua presença é permanente na (...)
21.08.24

As páginas não tinham ...


historiasabeirario

 Desvio o olhar para o horizonte e vejo a esperança como uma linha ténue, regresso com o mesmo olhar desesperançado ao ponto de partida. Vejo à minha frente uma leitora desesperada procurando numa revista desenhos com rendas que nunca tenha experimentado ainda. Só pode ser fantasia da minha mente, não é, ela está mesmo aqui defronte do rosto surpreendido, do viajante das viagens e andanças. Na penumbra, inspeccionou várias revistas, falou sozinha, falou com as histórias, (...)
01.08.24

As árvores acenam ...


historiasabeirario

As árvores acenam, alegres, o regresso da biblioteca ambulante às aldeias da minha terra. As histórias não esperavam encontrar a frescura que se faz sentir ao longo do dia. O viajante das viagens e andanças não reclama sobre o calor. Nas primeiras horas, os leitores recusaram estar presentes na biblioteca ambulante. A interrupção prolongada, apesar de saberem, possuírem o horário, quebra hábitos, deixaram de ver, de ouvirem dizer, da passagem da biblioteca ambulante nas (...)
14.05.24

Um alvo imóvel na ...


historiasabeirario

A chuva regressou dominada pelo medo, aconteceu durante a noite, caiu devagar, sem ruído, veio calçada com pantufas para não acordar ninguém. Umas horas depois voltou a surgir, desta vez veio zangada e permaneceu pouco tempo. A tarde na aldeia das Bicas está descontrolada no que diz respeito à temperatura. O vento frio, obriga o viajante das viagens e andanças a disciplinar a temperatura no interior da biblioteca ambulante, fechando as portas e a subir os vidros. As histórias (...)
22.04.24

Leia uma história ...


historiasabeirario

Dia da Terra, o sol, as flores, de cores amarela e roxa, flanqueando os caminhos nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. O aspecto, dos campos impressionam, tapetes de alegria a perder de vista não deixam indiferentes aqueles que percorrem as estradas apertadas. Dão esperança, iludindo a alteração do estado de emergência em que o planeta se encontra. O alívio urbano dá que pensar na aldeia do Vale de Açor, os veículos pesados a transportarem grandes (...)
26.02.24

Torna os leitores mais ardentes ...


historiasabeirario

O vento sacode a biblioteca ambulante, embala o berço das histórias, o mata-borrão que impede as palavras se dispersarem no papel, que não conhece ainda o amor de quem as escreve. A perpetuar acontecimentos, personagens, emoções, reunidos nas nuvens, impelidas com vigor pelo vento. Está frio, o odor a fumo vindo das chaminés impregna a aldeia das Bicas, a rapidez do ar incita as brasas nas lareiras. Torna os leitores mais ardentes, puxando-os há biblioteca ambulante, chegam (...)