Quando estacionei a biblioteca ambulante junto da fonte no largo S. João de Brito na aldeia do Tubaral, uma mulher pegando num saco, contendo uma história no seu interior, aguardava pelo viajante das viagens e andanças. A história tinha sido lida pela Sandra, a padeira que todos os dias frequenta a aldeia vendendo pão e bolos, adiantou-se à biblioteca ambulante no largo onde também se demora. Desta vez não teve possibilidade de escolher e levar histórias, no seguimento das (...)
Olhar com olhos de ver, requer andamento pausado numa cidade que não é histórica, mas cheia de história. Partir da Rua dos Combatentes, antiga Rua de S. Vicente, mais conhecida por Largo da Ferraria, outrora Largo Visconde de Abrançalha, um conjunto de topónimos num espaço para parar, voltar atrás, e registrar, já é um pequeno exemplo sobre o passado de Abrantes. Tendo como referência a igreja de S. Vicente, não havendo uma data consensual para o início da sua (...)
Por atalhos, como se de uma todo o terreno se tratasse, a biblioteca ambulante nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, alcançou a aldeia do Tubaral. Obras necessárias de requalificação na estrada municipal forçam o desvio, no largo S. João de Brito, na sombra de uma laranjeira, duas mulheres e um homem espreitam a vinda da padeira, suplantei a sua carrinha, estacionada no Monte Galego, numa rua cheia de mulheres segurando sacos ao seu redor. O sol (...)
O vento não traz nada de novo nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra, o dia quente avança no seu ritmo habitual, na aldeia dos Casais de Revelhos desde o seu princípio ao sítio onde está desimpedida, a biblioteca ambulante não avistou vivalma. Na sombra de uma oliveira repleta de azeitonas ainda verdes, as histórias aprumadas nas prateleiras prestam a que as apertem, como fazem nos lagares às azeitonas. O seu óleo, as letras, temperam comidas, dão (...)